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Opinião: Bahrein, política e governo

18 de abr. de 2012 10 comentário(s)
Saudações, amigos da blogosfera.

Desta vez não se trata de comunicado, nem de miniaturas novas, mas simplesmente resolvi enfim criar uma coluna de opinião - algo que há tempos queria fazer aqui no PH Miniaturas - porque não podia ficar calado diante dos absurdos que estão acontecendo.



Obviamente estou me referindo à realização do Gulf Air Bahrein Grand Prix, no circuito de Sakhir, neste fim de semana. O Bahrein vive um momento de extrema instabilidade social e política, com protestos estourando em diversos lugares do país.

Nos hospitais públicos, são comuns ameaças, maus-tratos e discriminação, de acordo com a Organização Médicos Sem Fronteiras. A Anistia Internacional reporta que as violações aos direitos humanos também são frequentes no Bahrein. Desde o início dos protestos em fevereiro de 2011, morreram ao menos 70 pessoas no Bahrein, milhares foram detidas e dezenas condenadas à prisão, conforme a oposição. A própria F1 cancelou a etapa barenita no ano passado, por (óbvios) motivos de segurança.

Entretanto, o rei Hamad bin Isa al-Khalifa, cuja dinastia governa o Bahrein desde 1783, quer fingir que nada disto está acontecendo e passar a ideia de que o país vai muito bem, obrigado, aproveitando o GP do Bahrein para "unir o país em uma grande celebração". Bernie Ecclestone, naturalmente, fez-se de surdo para os pleitos das próprias equipes da F1 e re$olveu realizar a corrida.

É mais um exemplo de como o esporte e os meios de comunicação podem ser utilizados para servir a interesses econômicos e políticos - não raro, escusos. Não sou nenhum socialista utópico e também sei que o esporte, assim como qualquer atividade humana, não pode ser destacado do contexto social, econômico, político e cultural que o permeia, mas vamos concordar que o bom senso tem limite, e esta corrida ultrapassa todos eles.

Não pude deixar de perceber, falando em jogo de interesses, algo semelhante acontecendo com as principais revistas de circulação semanal do nosso Brasil: CartaCapital, Veja, Istoé e Época. O assunto foi brilhantemente abordado no blog Acerto de Contas, e abaixo faço apenas um pequeno resumo.

O assunto do momento é a CPI do Cachoeira. Dentro deste imbróglio, aparece a figura do araponga Dadá, que até o fim de 2008 trabalhava no serviço de inteligência da Aeronáutica, quando se aposentou, e passou a trabalhar como espião privado.

capa VEJAA capa da Veja destaca pejorativamente a investigação sobre o Cachoeira, afirmando que é apenas um pretexto para o PT desviar o foco do assim chamado mensalão. Na prática os serviços de espionagem de Cachoeira teriam abastecido a revista por anos. O seu editor em Brasília se beneficiou dos grampos do bicheiro. Dali saíram as principais reportagens da revista, inclusive aquela que deu origem ao Mensalão, que foi uma gravação com um pilantra de quinto escalão dos Correios, recebendo R$3,5 mil. Assim, a revista tenta se esquivar da culpa - apesar de provavelmente estar correta em sua abordagem, já que o PT está tremendo nas bases com o que pode sair dessa CPI.



Capa da Carta CapitalA CartaCapital, arquirrival da Veja e muy amiga do governo PT, resolveu entrar de cabeça na discussão da CPI do Cachoeira e tenta desvendar até onde vai a influência dele. Em que pese que a CC continua até hoje ressuscitando defuntos como "corrupção nas privatizações do Governo FHC", vale a pena ler a reportagem e conhecer o lado oculto da lua. Pelo menos pode-se dizer a seu favor que é uma revista comprometida com a transparência, posto que declaradamente assume sua postura de esquerda - ao contrário de outros veículos que posam de imparciais enquanto descaradamente puxam a sardinha para um determinado lado, seja qual for.



capa IstoÉ A IstoÉ (ou seria "QuantoÉ"?) tenta fazer diferente e estampa na capa o araponga Dadá, para assim tentar desacreditar a Satiagraha, já que o sujeito oficialmente trabalhou na Operação comandada por Protógenes. Dadá à época era funcionário público, e foi cedido pela Aeronáutica para a Abin e trabalhou nos grampos telefônicos que levaram à prisão de Dantas. A revista não perdeu a chance de tentar jogar tudo no mesmo saco para livrar seu Chefe Daniel Dantas, cuja cadeia é um pesadelo distante, quase esquizofrênico.



capa ÉpocaPor fim, a revista Época adota uma postura parecida com o rei do Bahrein: finge que nada está acontecendo, que tá tudo muito bom, tá tudo muito bem. Como é de costume nas Organizações Globo, nos momentos em que os parceiros políticos e da imprensa estão encalacrados em alguma confusão, o melhor é se fingir de redondo e sair rolando. A revista simplesmente deu destaque à turnê de Paul McCartney pelo Brasil, ignorando todo e qualquer assunto relacionado à CPI de Cachoeira.




É assim mesmo. Cada cachorro que lamba sua caceta. Haters gonna hate.

Sobre o tema F1, do jeito que está o campeonato não sabemos quem pode vencer a corrida no Bahrein. Mas já podemos apontar um perdedor: a própria Fórmula 1 e, naturalmente, nós, os torcedores.

Comunicado: aumento de preços a partir de 16/04/2012

16 de abr. de 2012 0 comentário(s)
Saudações, amigos da blogosfera! Sei que você já ficou triste de ler o título. Mas o aumento se deve a uma melhoria implementada recentemente aqui no PH Miniaturas: as embalagens personalizadas que agora abrigarão cada um dos nossos modelos.





Além disso, também fiz um pequeno investimento em uma câmera digital decente, para melhorar a própria qualidade das fotos das miniaturas Não é grande coisa, mas já é melhor do que tirar fotos com celular. Quero que você veja as miniaturas exatamente como eu as vejo, e não com cores distorcidas ou pixels estourados. Compare por exemplo as imagens do Lotus Renault R31 do Bruno Senna.


O aumento servirá justamente para custear cada embalagem, bem como o valor da câmera (e até uma câmera melhor no futuro, quem sabe). Entretanto, se você olhar direitinho, é um reajuste pequeno. O valor adicional agora constitui cerca de 10% do valor total de cada miniatura.